sexta-feira, 18 de julho de 2008

Oh, please! Give me a break...

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Desde o ano 2000 os utentes do Hospital Amato Lusitano acumularam uma divida à instituição de mais de 500 mil euros. Uma questão que foi sendo posta de parte pelos diversos Conselhos de Administração e que agora Sanches Pires decidiu assumir.

O Hospital Amato Lusitano, de Castelo Branco, não é propriamente uma casa de beneficência. É assim que o presidente do Conselho de Administração (CA) da instituição justifica as 30 mil cartas que foram enviadas aos utentes que apresentavam dívidas, desde o ano 2000. Fosse qual fosse o montante, apesar de inicialmente a ideia não ter sido essa. A situação da cobrança das dívidas foi entregue a uma empresa especializada, que desencadeou o processo do envio das missivas. E se a ideia inicial do Conselho de Administração era a de cobrar as dívidas acima de um euro, esta mesma empresa decidiu enviar para todos.

A dívida em causa é precisamente de 545.285 euros, desde o ano 2000. “Verificámos que este valor vinha em crescendo e resolvemos contratar uma empresa para tratar desta situação”, disse ao Reconquista Sanches Pires.

E pelos vistos algum resultado já é visível. O que não tinha acontecido até aqui, como explica o presidente do CA do Hospital. Porque o próprio HAL enviava periodicamente cartas solicitando o pagamento dos montantes. Que não resultava. Desta vez e como destaca, parece que as pessoas estão a acorrer ao pagamento e tem sido um corrupio no guichet, havendo muita gente a pagar através do Multibanco, ou mesmo nos CTT.

Depois, como destaca Sanches Pires, houve a preocupação de ‘expurgar’ todos os que já estavam falecidos. Embora, reconheça que há falhas, porque nem sempre os falecidos entram no sistema informático do hospital, por exemplo se vão directamente para a morgue.

O presidente do CA também sabe que as pessoas têm o direito de se mostrar, de certa forma revoltadas. Pelos prazos apresentados e pelas dívidas de preços irrisórios. E sabendo que há, de facto, muitas situações que já ultrapassam os limites legais, tudo foi feito com consciência e apelando à moral de cada um. “As dívidas em termos morais não prescrevem”, afirma. Tal como o advogado contactado pelo Reconquista, Sanches Pires fala nos três anos de prescrição, para a acção judicial. Mas, segundo ele, “tudo foi feito em função da vontade dos devedores de pagar ou não pagar, para além da obrigação judicial”. A ideia é recuperar o máximo possível, com a certeza de que todas as dívidas que esteja dentro da alçada jurídica, se não forem pagas, seguem para Tribunal. “Mas, temos esperanças de que as pessoas paguem”, acredita.

De futuro tudo terá que mudar. Os próprios funcionários estão alertados para esta questão e o HAL vai disponibilizar o pagamento, no balcão de atendimento, através do Multibanco.

E a terminar deixa um apelo. Que os utentes evitem que estas situações aconteçam. “O Hospital tem despesas e necessita de adquirir medicamentos e equipamento para servir melhor a população”, diz. E acrescenta que se o pagamento for feito logo na altura, tanto melhor para todos. Evitam-se outros incómodos.

Com esta situação o HAL recuperou até ao momento cerca de 15 mil euros. Muito longe dos 545 mil… "

in Reconquista 17-07-2008


O pai parafina falsificada recebeu uma cartinha destas, referente a um exame que tinha feito uma vez que se tinha deslocado às urgências em 17-09-2000, ou seja, há quase oito anos! Acho muito bem que queiram que as dívidas sejam pagas, mas agora fazê-lo passados tantos anos? O meu pai lembrava-se, curiosamente, deste exame, mas muitas outras pessoas não se devem lembrar.

Isto só prova que este hospital é extremamente fantástico. *ironia* A mim, já me bastou aquela vez em que recebi uma cartinha destas em casa para pagar um exame radiológico ao braço quando nunca o fiz na minha vida. E dessa vez, ouviram das boas. Aposto que muita boa gente desta vez também não ficou contente.

Porque isto é ridículo. Sem dúvida alguma.

parafina falsificada

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