Histórias das minhas Viagens III
Voltei para Lisboa e com este regresso, regressam também as fantásticas histórias sobre as minhas viagens de expresso e/ou comboio.
A primeira parte da história que vos conto hoje aconteceu no domingo passado, expresso das 15h51, Castelo Branco - Lisboa. Ora, era a primeira vez que o senhor excelentíssimo condutor se dirigia para Lisboa.
Atravessou-se todo nas portagens de Alverca para ir para a Via Verde. No momento que entrei na cidade de Lisboa comecei a rezar. Ora, o senhor perdeu-se no aeroporto. Mas lá deu com Sete Rios.
E tudo isto aconteceu numa tarde com muito calor e num autocarro sem ar condicionado!
A segunda parte da história aconteceu hoje mesmo, no expresso Lisboa - Castelo Branco, das 14h. Assim que entrei no autocarro, uma senhora à minha frente com a voz muito esganiçada e arrastada (*terror*) começa a perguntar onde é o lugar 16, que não via os lugares e bla bla bla. Só pensei, "e que tal levantar a cabeça e olhar para cima?!", mas lá a ajudei. Quando reparei que ela era o número 16, caiu-se-me o mundo aos pés. Eu era o 15. Great.
Enquanto não saímos da 2ª Circular, a mulher disse prá aí umas 60 vezes "ai que confusão!", "isto é só carros", "oh, três camionetas para castelo branco!", "tanta gente!!!", tudo com a voz esganiçada e arrastada.
Descobri que a senhora era licenciada em Matemática e tinha sido, em tempos, professora mas agora está reformada [por momentos tive pena dos antigos alunos da senhora... por causa da voz].
A meio da viagem decidi que talvez fosse uma boa ideia dormir, de modo a que a senhora parasse de falar comigo. Não ando nos meus melhores dias, não estou muito de conversas.
A senhora, ao reparar que eu fechei os olhos, começou a dormir também! E, epá..... que roncos brutais que a senhora mandou! Não estou a exagerar! Eu assustei-me tanto com o primeiro ronco que ela deu...
No meio disto tudo, a senhora começou a descair-se para o meu lado, chegando ao ponto de estar a dormir contra o meu braço direito. Foi nessa altura que tomei uma decisão: tinha que fazer algo. E como não queria a coisa, dei um empurrão à senhora. Foi leve, a sério! Ela nem notou que tinha sido eu! E a senhora acordou. E eu continuei de olhos fechados até Castelo Branco. E a senhora não roncou mais. Nem se apoiou mais no meu braço. E quando saí do autocarro, ainda levei com um "Obrigado, menina!", naquela voz esganiçada e arrastada!
parafina falsificada (talvez o empurrão não tenha sido assim tão leve...)
3 comentários:
Ri-se género Bart Simpson! Uahahaha, pelo menos não se babou para cima de ti... i guess! 8)
Bel - agradecendo o facto de não ter histórias semelhantes às da sua gemela! :P
ahahah tinoca's mom aposto xD
pate, a caloira mais besta :D
Que bom. A senhora de voz esganiçada e arrastada... Não seria a Júlia Pinheiro? Ahahahahah.
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